09/09/09
Mata nativa no Mato Grosso é queimada para garantir pesquisa
Na fazenda de Canarana, no estado do Mato Grosso, três lotes de 50 hectares cada, de floresta amazônica, são periodicamente incendiados por pesquisadores do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) para que o grupo possa estudar os efeitos das queimadas nas florestas.
Segundo Paulo Brando, do Ipam, o objetivo das queimadas propositais é medir as emissões de gases causadores do efeito estufa, “um time coloca fogo e o outro vai fazendo medições”, explica.
Os grupos de pesquisa ainda se revezam para analisar o “comportamento” do fogo, como ele se propaga e qual o tamanho e velocidade das chamas.
O pesquisador acrescenta que essas medições possibilitam um mapeamento melhor, e com antecedência, de quais são as áreas mais propensas a se incendiarem.
Os três lotes, localizados dentro da Fazenda Tanguro, do grupo André Maggi, são analisados de forma distinta.
Um é queimado a cada três anos, enquanto outro é incendiado anualmente com uma mistura de óleo diesel com querosene.
Apenas um mantém-se intacto para a realização de comparações, sobre a recuperação da mata nativa, por exemplo.
Fonte: G1